Uma fonte inesgotável de saúde que suscita felicidade – Projeto “A Hora dos SuperQuinas”

Ao longo do verão, aquando das atividades exteriores, mais precisamente quando as nossas crianças se reuniam no recreio para desenvolverem os jogos de equipa, observei que estavam sempre ansiosas por estes momentos.

O simples ato de brincar ao ar livre, fosse jogando à bola, correndo atrás de um amigo ou pulando à corda, era uma maneira de se sentirem livres e felizes.

Estes momentos de atividade física não eram apenas uma parte das nossas atividades, eram a essência da própria atividade. Ao olhar para as crianças no recreio percebi algo mais. Vi crianças se unindo às outras em uma simples corrida, incentivando-as a serem mais velozes e a darem o seu melhor. As crianças mais tímidas, foram incentivadas a participarem nos jogos, algumas com medo de não conseguirem superar os desafios, mas logo foram contagiadas pela energia e apoio dos colegas. E, quando completavam os circuitos, era visível a sua alegria. Estes momentos de jogos de equipa, criaram interação entre as crianças, fortaleceram o seu espirito de equipa e levaram-nas a compreender de que a união pode superar desafios.

Cada dia no recreio, cada pulo mais alto ou corrida mais rápida, cada gargalhada dada, formaram um elo de união entre todas as crianças que, enquanto brincavam, socializavam e aprendiam umas com as outras.

Então apercebi-me da importância de perpetuar estes momentos e criar mais condições para que os mesmos continuassem a existir com a mesma pujança e vivacidade.

Era preciso investir mais não só a nível material, mas também em formação especifica para dinamizarmos estes momentos com qualidade e de forma a que os mesmos pudessem continuar a incentivar as crianças para os vivenciar com a mesmo entusiasmo e alegria que estavam a sentir.

E, por coincidência ou não, em setembro a nossa Instituição recebeu o convite para participarmos no projeto “A Hora dos SuperQuinas”. Esta era a resposta que estava à procura.

Ficamos a conhecer o projeto e, para além de nos darem formação para desenvolvermos as várias atividades, deram-nos todo o material necessário para desenvolver as mesmas.

No entanto, este projeto só pode abranger duas valências de cada instituição por ano, ou seja, só podem doar dois Kits que têm todo o material necessário para desenvolver todas as sessões de atividade física. Sendo assim, só dois C.A.T.L. da nossa Rede de C.A.T.L. é que seriam abrangidos. Não podíamos ficar por aqui. Tentamos pedir apoios, mas os mesmos não foram aceites. Então expusemos a situação à nossa Mesa Administrativa que imediatamente se disponibilizou para assumir os custos dos restantes Kits.

E assim, iremos desenvolver semanalmente, em toda a nossa Rede da C.A.T.L., sessões de atividade física que, mais do que simples exercícios, serão uma ferramenta de transformação, pois os jogos e as brincadeiras são a chave para o desenvolvimento físico e emocional das crianças e uma fonte inesgotável de saúde que suscita felicidade.

Rita Rego Almeida
Coordenadora Rede CATL